Medida foi tomada diante do caos que a área foi deixada pela antiga gestão do DF
O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) assina, nesta segunda-feira (7), um decreto que estabelece o estado de emergência na Saúde local. O anúncio da medida ocorreu no Hospital de Base. A decisão foi tomada após a equipe do novo chefe do Executivo ter conhecimento da real situação da área. O governador espera que a medida dure no máximo seis meses.
O estado de emergência permite que o GDF adquira medicamentos e insumos sem licitação, convoque concursados, contrate novos servidores e estenda a jornada de trabalho. A equipe do emedebista, entre outras coisas, encontrou os seguintes problemas na Saúde: desabastecimento de remédios, insumos e equipamentos, dívidas com fornecedores, déficit de servidores e fechamento de diversos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Na última semana, a o grupo de trabalho do atual governo entregou a Ibaneis Rocha um relatório de 212 páginas com a situação dos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do DF. O estudo expõe principalmente problemas de infraestrura na rede pública.
No momento da assinatura do decreto, o governador chegou a afirmar que a Saúde do DF não necessita de mais recurso, mas sim de um “choque de gestão”.
Apenas com hospitais particulares, as dívidas ultrapassam R$ 350 milhões. Além disso, segundo o relatório que fundamentou a decisão de decretar o estado de emergência, há 3,4 mil notificações de dengue, sendo mil casos confirmados e redução significativa da cobertura vacinal no DF. O documento também aponta diversos processos na Justiça decorrentes da falta de atendimento no SUS.
Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, o decreto de estado de emergência “expõe as mazelas deixadas pelo governo anterior”. “Infelizmente, são problemas enormes. A gente precisa de um choque de gestão no GDF”, disse a mandatária.