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terça-feira, 23 abril, 2024

Oncologia do Hospital de Taguatinga vai mudar de lugar

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SindSaúde DF
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Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal

A ala de oncologia do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), que atende 900 pacientes, será transferida para o Hospital de Base temporariamente, pois vai passar por reformas. De acordo com a Secretaria de Saúde, a unidade encaminhou um estudo técnico apontando o que deveria ser mudado para adequação às normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A pasta ainda não trabalha com datas, pois o documento enviado pelo HRT ainda estaria em análise e, portanto, não foi encaminhado um pedido para abertura do processo licitatório. Apesar da indefinição, o órgão acredita que isso deve acontecer “em breve” e, tão logo haja edital, os pacientes devem ser comunicados. Os atendimentos na ala, portanto, seguem normalmente até um anúncio oficial.

Rumores

Uma enfermeira da Oncologia do hospital lamenta que a informação tenha chegado à equipe responsável de maneira imprecisa. Segundo ela, que preferiu não se identificar, não houve notificação por escrito sobre a situação, apenas informal. “A gerente de enfermagem do HRT teria comunicado ao chefe de enfermagem de que a ala vai para o Hospital de Base, mas a equipe de enfermagem não”, reclama.

De acordo com a servidora, os profissionais não cuidam apenas da quimioterapia dos pacientes. Eles promovem programas sociais e psicológicos para auxiliar o tratamento. “Temos até página no Facebook. É uma equipe diferenciada e não queríamos que o trabalho fosse desfeito”, reivindica.

A Secretaria de Saúde informou, porém, que, a princípio, toda a equipe, incluindo os enfermeiros, será transferida para o Hospital de Base. Conforme a pasta, espaço físico e infraestrutura não serão problemas, pois o “atendimento é feito de forma gradativa e por agendamento”. Foi lembrado, porém, que os profissionais são servidores à disposição do órgão e podem ser remanejados conforme a demanda.

Há quase um ano levando o pai Waldemar Fernandes de Jesus, 61 anos, para tratar de um câncer no pulmão e na costela no HRT, o técnico de informática Celso Oliveira de Jesus, 31, não vê vantagens na transferência. Na atual fase da terapia, o pai precisa se submeter à quimioterapia toda semana.

“Essa mudança vai aumentar cerca de 25 km, considerando ida e volta para o Hospital de Base, na minha rotina. Me preocupo com a adaptação dos pacientes, como o meu pai, que já possuem uma relação excelente com os funcionários do HRT. Lá, eles recebem um tratamento mais aconchegante”, conta.

Bebê na lista de espera
Gabriel dos Santos nasceu com uma doença cardíaca congênita e, com 16 dias de vida, está à espera de uma vaga no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) para passar por cirurgia. Segundo a avó da criança, a dona de casa Flávia Porto dos Santos Gonçalves, 34 anos, mesmo com uma liminar da Defensoria Pública do DF, o instituto alega não ter previsão de vaga para Gabriel. Atualmente, o bebê continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde nasceu.

“Gabriel é o meu primeiro neto. Quando soube que ele tinha ido para a UTI, fiquei sem chão. Estou muito preocupada, principalmente porque sei que dependo da rede pública”, desabafa a dona de casa, ressaltando que a filha Thainara foi para o HRT às 2h30 do último dia 6, mas a cesariana só ocorreu às 20h do mesmo dia.

Questionada sobre o caso de Gabriel, a Secretaria de Saúde ressaltou que o ICDF não pertence ao órgão. “Temos apenas um convênio com o instituto, ou seja, utilizamos 23 leitos regulados para emergência e dois eletivos, que são destinados às cirurgias agendadas. Neste caso, a pasta já garantiu o que é de sua competência, ou seja, toda a assistência necessária no HRT. Além disso, assim que o bebê deu entrada na UTI da unidade, o nome dele já entrou para a lista da Central de Regulação para conquistar uma vaga no instituto e, consequentemente, a cirurgia”, informa a secretaria.

Demora
No entanto, por falta de espaço, a solução para a doença de Gabriel ainda deve demorar, conforme o ICDF. “As vagas aparecem em situações de óbito ou alta médica. Hoje (ontem), infelizmente, não temos nenhuma disponível”, afirma a assessoria do ICDF.

O JBr. procurou a Defensoria Pública do DF, mas ainda aguarda resposta sobre o caso.

Fonte: Jornal de Brasília

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