O secretário de fazenda interino, Wilson de Paula, confirmou à colaboradora do SindSaúde e coordenadora do grupo das pecúnias, Silene Almeida, que hoje (20), começarão a ser pago as pecúnias dos aposentados em 2016, com um crédito disponibilizado de R$3 milhões.
Conforme anunciado pelo gestor em reunião no dia 26 de junho (leia aqui), o valor da folha global de todos os servidores do GDF, aposentados em janeiro de 2016 é de R$34 milhões. Desse modo, o montante anunciado hoje, representa quase 10% do total de servidores.
O acordo com o SindSaúde é que a data de aposentadoria seja cumprida, rigorosamente, para determinar a ordem de recebimento.
Se por um lado, os servidores comemoram a retomada pelo pagamento, há também a preocupação para a quitação do pagamento de todos os aposentados em 2016 e, posteriormente, 2017, considerando que o montante destinado às quitações está muito aquém dos valores devidos.
“O servidor público não tem FGTS e tem perdas significativas em seu salário quando se aposentam. Na maioria dos casos, os valores a serem recebidos na conversão das pecúnias é para saldar dívidas com o BRB e para tratamento de saúde. O servidor adoece, por trabalhar em condições precárias e espera se aposentar com dignidade, recebendo no prazo legal o que a lei lhe assegura”, explica Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde.
Ainda segundo a sindicalista, o acúmulo do desrespeito e humilhação se tornou uma constância. E se há previsão orçamentária a situação precisa ser normalizada. Atualmente, nem a Justiça tem conseguido obrigar o GDF a cumprir as suas obrigações.
“Nesta gestão, temos lutado lado-a-lado com colegas que deveriam estar curtindo sua aposentadoria, em busca do que é seu, legitimamente. E o governo continua fazendo “pouco caso” da situação.Não vamos parar, até que o último servidor tenha recebido suas licenças-prêmio”, promete.
Ainda não foi divulgado um cronograma fixo e definitivo. Segundo o secretário, todos os meses, serão pagas uma parte das pecúnias.
“Continuamos articulando junto à CLDF e governo remanejamento de recursos para honrar esses pagamentos”, esclarece Silene Almeida.